30.1.08

"our"chitecture

"I propose a new ‘our’chitecture that will develop the infrastructure to allow design and construction to return to the people who really need it. Continuing a separation between those who can afford design and those who could really use it will only call for a collapse of an ethical architectural paradigm, if it hasn’t done so already. Interestingly enough, the movement that will allow for the change in architectural thinking is dependent upon the body which it reacts to and lives off like a parasite. With the ability to compare paradigms and ethics to a greater body of knowledge, the subversive can take shape and momentum."

Jayson Claude the Sarai Reader 05: Bare Acts, p. 559-563

www.sarai.net/publications/readers/05-bare-acts

15.1.08

Building site?


pC fotografado por z.z
(o fotógrafo mais rápido do oeste!)


(... z.z está muito atento aos nossos eventos! obgada pela atenção!)
aqui; aqui; aqui; aqui; aqui

a Sala . projecto de Susana Chiocca, Porto

"A sala não tem muito mobiliário. “Tenho um sofá, uma televisão e uma cómoda para a televisão, basicamente. Como é também um espaço de ensaio, tenho algumas guitarras e amplificadores”. Tudo o resto surge por acréscimo, “as letras nas paredes são resquícios da última performance da Amarante e Ana Deus, incluída no (festival) TRAMA deste ano”, refere. As coisas vão mudando – Susana não gosta do termo “mutável” para caracterizar “a” sua “Sala” –, as coisas aparecem e desaparecem num instante. “Geralmente quem limpa as coisas no final são os artistas, a mim cabe-me tirar e repor as minhas coisas”. Do que foi, ficam as fotografias. “Vou documentando tudo o que se passa por aqui, até porque é importante para o doutoramento que estou a desenvolver em arte contemporânea e sobre a performance em Portugal. Este espaço serve como um laboratório de experimentação e ajuda-nos a perceber o que se faz actualmente. Ajuda-me a perceber como o espectador pode ser incluído na performance”. Ou a forma como deve ser incluído.

(...) Para além da sala, Susana permite o acesso à cozinha – “para beber alguma coisa, um chá, um café, uma cerveja” – e à casa de banho – “os espectáculos geralmente atrasam, ou porque os artistas demoram a montar o espaço, ou porque se espera por mais público”. Restrito, “o quarto e uma das casas de banho”. É a parte mais pessoal da casa.

(...) Não tem um blogue onde possa difundir a programação do local. “Os meus amigos têm pressionado para eu criar um, mas eu não gosto de blogues. Já me disseram que é possível criar um sem possibilidade de comentários”. Ri. Não gosta de comentários. Diz que as pessoas se perdem em comentários absurdos. Prefere conversas cara-a-cara. Tal como os espectáculos intimistas da sua sala de estar." in o Primeiro de Janeiro


a Sala aqui

a Sala aqui também

a Sala também aqui

Rua do Bonjardim, nº253, 2ºandar, Porto

12.1.08

convite . invitation





Fotografia do restauro do Cabanon de Le Corbusier


O petit CABANON coloca uma questão ambígua: building site?

Esta questão convoca o território da Arquitectura, da edificação, do estaleiro.
Convoca também os processos da Arte e as potencialidades da Linguagem.
Propomos conversar sobre os lugares que as práticas e os discursos podem construir.


12 de Janeiro de 2008
.

a maquete em esferovite tornou-se estaleiro.
um lugar de trabalho.
para a semana começa a obra.


O que é o petit CABANON?
é um espaço de alojamento de arquitectura e cultura visual.
é um lugar de encontro e discussão de ideias, conceitos e projectos.
é um espaço independente.

11.1.08

Obrigada!

o pC agradece às Pedras e Pêssegos a cedência do mobiliário que desde Setembro acolheu os nossos convidados. Recomenda-se a visita à Rua do Almada 560. por marcação: 93 410 86 53

10.1.08

petit Cabanon no Radio Clube Português

90.0 fm
hoje, às 15h no Programa bypass, na Radio Clube Português
Petit Cabanon + Galeria Reflexus = Novos espaços culturais no Porto

Transnatural



Exposição O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli
Departamento de Botânico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
29 de Novembro e 15 de Fevereiro de 2008 [ ver aqui ]



" Memória sobre a utilidade dos Museus de História Natural é o texto que giza O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli. O conceito subjacente a este trabalho traduz-se num meta-comissariado que reúne e articula trabalhos realizados noutros contextos, sendo estes reconfigurados a partir do universo pré-científico de O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli - abordagem que introduz uma vertente experimentalista ao nível da curadoria.

Paulo Bernaschina e Paulo Cunha e Silva redesenham um itinerário pós-biográfico de Vandelli a partir de peças museológicas da Universidade de Coimbra, da Universidade do Porto e da Universidade de Lisboa. A equipa de coordenação é constituída por Alexandre Ramires, Catarina Pires, Sérgio Gomes, Eduardo Proença-Mamede, Paulo Mora e Pedro Formosinho.

O projecto obedece a uma lógica naturalista que vai do mapeamento do mundo, de todos os seres vivos e inanimados que o habitam, até ao mapeamento do genoma humano. Esta narrativa construída em torno da História da Natureza e da História do Conhecimento, é interpretada pelos trabalhos dos artistas: João Leonardo, Miguel Palma, Francisco Queirós, Rosa Carvalho, Gabriela Albergaria, Alberto Carneiro, Miguel Branco, Pedro Medeiros, João Tabarra, André Cepeda, Inês Moreira e Luísa Bebiano.

(Também) a articulação com parte da exposição O CORAÇÃO DA CIÊNCIA (...) onde se incluem os fotógrafos, Jorge Molder, Paul Den Hollander, Joan Fontcuberta, Didier Morin , Joel Peter Witkin e Debbie Fleming Caffery." da memória descritiva do projecto


"Ex.mo Sr. Vandelli" de Inês Moreira, impressão em lona 70cmsx248cms

Texto:

Ex.mo Sr. Vandelli:

Seguimos a sua actividade e gostávamos de esclarecer alguns pontos para classificar e arquivar os seus pertences.
Por favor responda em papel normalizado e inclua o carimbo branco da sua instituição.

Qual é o valor geológico da parede de um museu?
Qual é o valor científico de um passeio no jardim?
Como mede a extensão de um jardim colonial?
E para onde o ampliaria?

Qual o interesse etno-antropológico das madeiras exóticas de um armário?
Que interesses militares se fecham num herbário?
E o que traz um espólio de guerra ao museu universitário?

Qual a extensão geográfica de um museu de mineralogia?
Onde se depositam os inertes e o entulho mineralógico?
E como denominar essa nova sedimentação geológica?

Quais as fronteiras geopolíticas das minas do ouro do brasil?
Qual o passaporte para a fronteira da descolonização?
Qual o preço do visa e onde se carimba?

Em que folhas se escreve sobre uma folha de vandellia?
E sobre as memórias imaginárias de uma mina?
Onde aponta os lucros da indústria química?

Qual é a fórmula química de um prato artesanal?
Como ouvir os segredos académicos que ressoam nesse pote de faiança?
Como decora e pinta a sua porcelana?

Em que gaveta guarda a correspondência com carlos lineu?
Em que prateleira ordenou as suas categorias? Considera-se colector ou metodista?

Onde coloca os itálicos, as maiúsculas e como selecciona os étimos?
Para que língua traduz quando cita?
Em que país se sente em casa?

Em que tabela classifica os bichinhos de prata e os fungos dos animais taxidermizados?
Que informação inclui nas tabelas quando expõe?
Como aborda a perspectiva educativa dos públicos?
Que plantas e animais quer servir no seu catering?

Onde está a cátedra que construiu, quem nela se senta e onde está posicionada?
Com que instrumento definiu as suas rotas de viagem, que mapa usou e como tirou notas?
Como se instala um convidado? Onde se exila um estrangeiro? Com o que sonha?

“Vida, Domínio, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género, Espécie”.
Tribos inteiras, cidades, países.
Concorda, está a favor? Não sabe, não responde?
Caso esteja a par, pode esclarecer ao que se refere?

Com os melhores cumprimentos,
Inês Moreira

9.1.08

DECON, decomposição/degradação



Vista do projecto DECON, de Marta de Menezes.
Antes da desmontagem podia-se ver o estado de degradação das pinturas.




Avesso das caixas com agar pigmentado
à direita: caixa com culturas de pseudomonas putidas
à esquerda: caixa de controle (sem bactérias)



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento vermelho.
à esquerda: as caixas de amostra desenvolveram colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento preto.
à esquerda: as caixas com colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento azul.
à esquerda: colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento amarelo.
à esquerda: colónias de fungos.

8.1.08

Museus do século XXI na Artecapital.net




"A Culturgest apresenta a exposição itinerante, vinda da Suiça, denominada “Museus do Século XXI - conceitos, projectos, edifícios”, uma sequela da exposição “Museus para um Novo Milénio”, que passou (e integrou) o CCB em 2001. Suzanne Greub é a comissária que nos apresenta a ideia de Museu que esta exposição ilustra e é também directora do Art Centre Basel, entidade privada dedicada à conceptualização de exposições para itinerância em museus de prestígio.

A instituição Museu é hoje um caleidoscópio de possibilidades: à medida que os museus se especializaram por áreas de conhecimento, por períodos históricos, se tornaram públicos e, posteriormente, de novo, privados, se criaram centros de exposição sem colecções, ou centros de criação com exposição, se repensaram critérios de colecção e conservação, se identificaram estratégias de afirmação de cidades através da cultura, se articularam em redes internacionais e se afirmam pela sua programação (e não pelas suas colecções), as instituições foram repensando e (re) integrando funções. De “edifícios” sem colecção, a programações de grande prestígio sem mesmo possuir edifício próprio, existe uma pluralidade e diversidade de museus e instituições culturais cada vez mais híbridas, dividindo as grandes colecções do mundo Ocidental o protagonismo com as novas colecções que surgem na Ásia e no Médio Oriente. (...)"

inês moreira, janeiro 08, [ para ver este e outros textos na revista artecapital.net clickar aqui ]

7.1.08

e a crítica ao nosso blog

Blogue pC + Artecapital.net + opúsculos / Dafne Editora
* Pedro Baía, Arquitecto

"Os novos «modos de encontro» têm lugar também no espaço Internet. Através do blogue , Inês Moreira mantém actualizada a divulgação dos seus últimos projectos, partilhando as últimas exposições, inaugurações, lançamentos, parcerias, leituras e opiniões. A experiência no blogue poderia ainda ser potenciada, com outros estímulos (visuais, sonoros...), ampliando a ideia original do espaço físico do CCBombarda numa ramificação de encontros vários."

"A Artecapital, publicação on-line dedicada ao mundo das Artes Visuais e da Cultura, ocupa hoje um lugar fundamental na reflexão crítica da cena artística contemporânea. (...) "

"Desde Dezembro de 2006, a Dafne Editora vem construindo uma colecção de pequenas obras de autores portugueses – “Opúsculos – Pequenas Construções Literárias sobre Arquitectura” (...) ".

[ para ver o texto integral
clickar aqui ]


Crítica ao petit Cabanon

Uma prenda de dia de Reis!

o primeiro de janeiro publicou um texto de Pedro Baía, ontem (6-1-2008) sobre o petit Cabanon. Pedro Baía publica também no blog Nuances, os lugares da arquitectura.

“O que é o Petit CABANON?
É um espaço de alojamento de arquitectura e cultura visual. É um lugar de encontro e discussão de ideias, conceitos e projectos. É um espaço independente.”

Onde fica o Petit Cabanon?
Dirigimo-nos à Rua de Miguel Bombarda 285. Estamos no Porto, Cedofeita, na famosa ‘rua das galerias’, em frente ao CCB – Centro Comercial Bombarda. A palete de cores em vinil desenha, no pavimento, o percurso para cada loja. As hipóteses são muitas: design, moda, música, joalharia, bonsais, mobiliário vintage. Escolhemos a cor verde escura, seguindo-a pelas galerias até à loja 24. Na porta de vidro, o dístico confirma – Petit Cabanon. (...)

O que acontece no Petit Cabanon?
Se entendermos o projecto como um espaço limite da experimentação contemporânea, potenciado pelo intensificar do confronto de ideias, numa eminente colisão de corpos alinhados por um intenso questionar performativo, deixamos o aviso: Work in progress - Entrez Lentement."

[ para ver texto completo clickar aqui ]

2.1.08

Best of 2007

2007 trouxe uma infinidade de eventos e exposições, dos quais visitámos uns quantos.

A exposição "Burn it or not?" enuncia se o Ataturk Cultural Center (edifício modernista localizado no centro de Istanbul Ocidental ícone da modernização turca iniciada por Ataturk) deve ou não ser demolido nos próximos tempos. Em síntese, alguns dos argumentos implicados e debatidos são: a manutenção do projecto e da memória moderna de ocidentalização da Turquia; ou a demolição desta memória e substituição por um novo edifício. Fundamentalmente, nesta exposição de arte, com montagem contextual, discute-se o modernismo, a ocidentalização, a abertura à comunidade europeia, a centralidade urbana. Enuncia-se também o papel político da arquitectura e a eventual ruptura com a representação em arquitectura.

A visita à exposição, montada nos espaços da ópera, foyers, salas de espera e corredores, em convivência com mobiliário, iluminação e acessórios existentes, foi uma da experiência espacial e sensorial muito intensa, assemelhada à experiência da visita à mesquita Azul e a Haya Sofia.

A exposição, dispersa pelos espaços da ópera, estava unificada pela peça "Memories On Silent Walls" de Erdem Helvacıoğlu, uma instalação sonora que estabelecia uma ambiência sobre a urbanidade, a edificação e a demolição. Esta peça criava uma ligação cíclica entre o edifício em questão e as restantes obras artísticas e o som definia a montagem espacial e conduzia a leitura das restantes obras, com uma narrativa disruptiva que vai estabelecendo fracturas ao longo de todo o espaço.

Este evento da Bienal de Istambul foi sem dúvida, o que mais questões nos colocou em 2007 sobre as relações entre arte/arquitectura, exposição/espaço expositivo, obra/contexto.



Memória da peça "Memories On Silent Walls" de Erdem Helvacıoğlu:

"What is the sound of a building? What does it consist of? Is it the timbre of an unmanned space or the sounds ofvarious activities that have taken place there? All of the sonic memories that have taken pla ce around the walls of a building and the unheard thoughts of people who have experienced these memories do make up the real sound of a building. Atatürk Cultural Center is a historical building and a figure in the minds of İstanbul´s citizens. It is a phenomenon that represents modernism, utopia, and contemporary thought. It is a lonely and melancholic symbol watching the history of İstanbul and Turkey. "Memories on Silent Walls" consists of the processed and unprocessed recordings of the productions that have taken place at Atatürk Cultural Center, the sound of the empty building itself and its surroundings and the interviews done with various people about the centre. This work not only tries to describe the past, the present and the future of the building itself, but also urges us to ask ourselves: Should Atatürk Cultural Center remain or should it be replaced?"

ver aqui e aqui

 
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