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10.1.08

Transnatural



Exposição O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli
Departamento de Botânico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
29 de Novembro e 15 de Fevereiro de 2008 [ ver aqui ]



" Memória sobre a utilidade dos Museus de História Natural é o texto que giza O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli. O conceito subjacente a este trabalho traduz-se num meta-comissariado que reúne e articula trabalhos realizados noutros contextos, sendo estes reconfigurados a partir do universo pré-científico de O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli - abordagem que introduz uma vertente experimentalista ao nível da curadoria.

Paulo Bernaschina e Paulo Cunha e Silva redesenham um itinerário pós-biográfico de Vandelli a partir de peças museológicas da Universidade de Coimbra, da Universidade do Porto e da Universidade de Lisboa. A equipa de coordenação é constituída por Alexandre Ramires, Catarina Pires, Sérgio Gomes, Eduardo Proença-Mamede, Paulo Mora e Pedro Formosinho.

O projecto obedece a uma lógica naturalista que vai do mapeamento do mundo, de todos os seres vivos e inanimados que o habitam, até ao mapeamento do genoma humano. Esta narrativa construída em torno da História da Natureza e da História do Conhecimento, é interpretada pelos trabalhos dos artistas: João Leonardo, Miguel Palma, Francisco Queirós, Rosa Carvalho, Gabriela Albergaria, Alberto Carneiro, Miguel Branco, Pedro Medeiros, João Tabarra, André Cepeda, Inês Moreira e Luísa Bebiano.

(Também) a articulação com parte da exposição O CORAÇÃO DA CIÊNCIA (...) onde se incluem os fotógrafos, Jorge Molder, Paul Den Hollander, Joan Fontcuberta, Didier Morin , Joel Peter Witkin e Debbie Fleming Caffery." da memória descritiva do projecto


"Ex.mo Sr. Vandelli" de Inês Moreira, impressão em lona 70cmsx248cms

Texto:

Ex.mo Sr. Vandelli:

Seguimos a sua actividade e gostávamos de esclarecer alguns pontos para classificar e arquivar os seus pertences.
Por favor responda em papel normalizado e inclua o carimbo branco da sua instituição.

Qual é o valor geológico da parede de um museu?
Qual é o valor científico de um passeio no jardim?
Como mede a extensão de um jardim colonial?
E para onde o ampliaria?

Qual o interesse etno-antropológico das madeiras exóticas de um armário?
Que interesses militares se fecham num herbário?
E o que traz um espólio de guerra ao museu universitário?

Qual a extensão geográfica de um museu de mineralogia?
Onde se depositam os inertes e o entulho mineralógico?
E como denominar essa nova sedimentação geológica?

Quais as fronteiras geopolíticas das minas do ouro do brasil?
Qual o passaporte para a fronteira da descolonização?
Qual o preço do visa e onde se carimba?

Em que folhas se escreve sobre uma folha de vandellia?
E sobre as memórias imaginárias de uma mina?
Onde aponta os lucros da indústria química?

Qual é a fórmula química de um prato artesanal?
Como ouvir os segredos académicos que ressoam nesse pote de faiança?
Como decora e pinta a sua porcelana?

Em que gaveta guarda a correspondência com carlos lineu?
Em que prateleira ordenou as suas categorias? Considera-se colector ou metodista?

Onde coloca os itálicos, as maiúsculas e como selecciona os étimos?
Para que língua traduz quando cita?
Em que país se sente em casa?

Em que tabela classifica os bichinhos de prata e os fungos dos animais taxidermizados?
Que informação inclui nas tabelas quando expõe?
Como aborda a perspectiva educativa dos públicos?
Que plantas e animais quer servir no seu catering?

Onde está a cátedra que construiu, quem nela se senta e onde está posicionada?
Com que instrumento definiu as suas rotas de viagem, que mapa usou e como tirou notas?
Como se instala um convidado? Onde se exila um estrangeiro? Com o que sonha?

“Vida, Domínio, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género, Espécie”.
Tribos inteiras, cidades, países.
Concorda, está a favor? Não sabe, não responde?
Caso esteja a par, pode esclarecer ao que se refere?

Com os melhores cumprimentos,
Inês Moreira

9.1.08

DECON, decomposição/degradação



Vista do projecto DECON, de Marta de Menezes.
Antes da desmontagem podia-se ver o estado de degradação das pinturas.




Avesso das caixas com agar pigmentado
à direita: caixa com culturas de pseudomonas putidas
à esquerda: caixa de controle (sem bactérias)



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento vermelho.
à esquerda: as caixas de amostra desenvolveram colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento preto.
à esquerda: as caixas com colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento azul.
à esquerda: colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento amarelo.
à esquerda: colónias de fungos.

8.1.08

Museus do século XXI na Artecapital.net




"A Culturgest apresenta a exposição itinerante, vinda da Suiça, denominada “Museus do Século XXI - conceitos, projectos, edifícios”, uma sequela da exposição “Museus para um Novo Milénio”, que passou (e integrou) o CCB em 2001. Suzanne Greub é a comissária que nos apresenta a ideia de Museu que esta exposição ilustra e é também directora do Art Centre Basel, entidade privada dedicada à conceptualização de exposições para itinerância em museus de prestígio.

A instituição Museu é hoje um caleidoscópio de possibilidades: à medida que os museus se especializaram por áreas de conhecimento, por períodos históricos, se tornaram públicos e, posteriormente, de novo, privados, se criaram centros de exposição sem colecções, ou centros de criação com exposição, se repensaram critérios de colecção e conservação, se identificaram estratégias de afirmação de cidades através da cultura, se articularam em redes internacionais e se afirmam pela sua programação (e não pelas suas colecções), as instituições foram repensando e (re) integrando funções. De “edifícios” sem colecção, a programações de grande prestígio sem mesmo possuir edifício próprio, existe uma pluralidade e diversidade de museus e instituições culturais cada vez mais híbridas, dividindo as grandes colecções do mundo Ocidental o protagonismo com as novas colecções que surgem na Ásia e no Médio Oriente. (...)"

inês moreira, janeiro 08, [ para ver este e outros textos na revista artecapital.net clickar aqui ]

 
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