25.8.08

Temporada de Pavilhões, Londres verão 2008


Serpentine Gallery Pavillion, Frank O. Gehry



Maison Tropicale, Jean Prouvé, na Tate Modern



Observatory, Air-Port-City, Tomas Saraceno, na Hayward Gallery


"E o que é um pavilhão?
Usualmente com dimensões físicas reduzidas e tempo de utilização curto, projectam uma outra dimensão temporal e experiencial, o pavilhão é um espaço-tempo de excepção, uma fuga da realidade, uma para-arquitectura. Os pavilhões condensam no tempo a concepção, a construção e a duração da sua visita e existência. Proporcionam experiências físicas e sensoriais intensas aos visitantes: seja visual, acústica, térmica ou climatérica, existindo uma atmosfera de intimidade e de descoberta na visita a um pavilhão. Usualmente peças únicas, com linguagem autoral, não têm programas complexos e desenvolvem temas como a protecção interior, a luz/sombra, a relação com o ar livre, o percurso de ligação ao exterior, explorando a experiência da visita e a fisicalidade do visitante. A sua particularidade lúdica e semi-pública difere de outras pequenas construções, como a cabana de abrigo ou o módulo residencial replicável. A questão sensorial e simbólica é extremada, e a responsabilidade social de um pavilhão muito reduzida. Podem ser pavilhões de jardim, pavilhões de chá, pavilhões de exposição ou de feira, descomprometidos e vocacionados para a dimensão lúdica ora explorados como “laboratório de experimentação” espacial ou de soluções técnicas; ora são ensaios simbólicos, ora são ainda oportunidade de início de carreira ou reconstruídos como memorial de consagração da própria obra, como no caso do pavilhão de Barcelona de Mies van der Rohe, ou ainda um reaparecimento celebratório, como o Cabanon de Le Corbusier reproduzido pela Cassina."

Inês Moreira, perspectiva actual na artecapital.net

23.8.08

petit CABANON na revista arq./a



entrevista sobre o petit CABANON por Sandra Vieira Jurgens

na Revista arq./a número 59/60 na secção artes

Recomenda-se a consulta da revista em papel.

Este número duplo, de Julho/Agosto 2008, é dedicado à Herança de Le Corbusier, e podem-se encontrar perspectivas críticas de: William J. R. Curtis, Beatriz Colomina, Stanislaus von Moos, Arthur Rüegg, Carlos Eduardo Comas, João Belo Rodeia, Ana Tostões, Michel Toussaint, José António Bandeirinha, João Luís Carrilho da Graça.

Encontra-se também o texto "Le Corbusier e os portugueses"de Ana Vaz Milheiro e Jorge Nunes
e o texto "Le Corbusier, um monstro com duas cabeças" de Pedro Baía sobre a exposição “Le Corbusier: Art of Architecture”/ e o seminário “Rethinking Le Corbusier”

21.8.08

Roteiro alternativo para uma tarde de Verão no Porto



O Centro Comercial Stop na Rua do Heroísmo, Porto, ressurgiu da decadência comercial em que se encontrava, como tantos outros shoppings nos centros da cidade. Reinventando os seus usos, as lojas deram lugar a estúdios de ensaio e gravação gerando um pólo de actividades culturais ligadas à música e à cultura alternativa.

Para conhecer, recomenda-se uma visita ou o vídeo do site jornalismo porto net




Os Cinemas do Porto são um recinto cultural em vias de extinção. A actividade cultural urbana desviou-se para os subúrbios e os cinemas foram destronados pelos cinemas multiplex das cidades de Matosinhos, Gaia, Maia. No Porto há ainda 2 salas em funcionamento: o Estúdio 111 (Sá da Bandeira) e o Cine-Estúdio Campo Alegre, uma sala intermitente Cinema Passos manuel, e os dois complexos dos centros comerciais Dolce Vita e Cidade do Porto.
O Jornal Público recorda que há 30 anos havia 21 cinemas activos no Porto, e que hoje há 55 salas nos cinco centros comerciais do Grande Porto: ArrabidaShopping (20), GaiaShopping (9), NorteShopping (9), MaiaShopping (5) e Parque Nascente (12).

Recomenda-se uma visita às salas resistentes.




Uma última paragem na Casa do Cinema Manoel de Oliveira, nos Pinhais da Foz, perto da Universidade Católica. A Casa do Cinema, projectada por Eduardo Souto de Moura, continua por inaugurar. Há dois anos soube de um incêndio que ocorreu no seu interior, estava a obra já pronta e mobilada. Fui ver e comprovei a veracidade do acontecimento e o estado de abandono do novo edifício: portadas e portas abertas, mármores partidos e graffitados, jardins abandonados. Entretanto, terão ocorrido algumas obras na casa, para eventualmente alojar a Divisão Municipal do Património Cultural e o Departamento de Museus da Câmara do Porto. Recomenda-se a visita antes da inauguração.

15.8.08

psycho buildings: artists take on architecture


A Hayward, um edifício brutalista de 1968


Psycho Buildings: artists take on architecture

exposição na Hayward Gallery, Londres, até ao final de Agosto


"Este é o desafio da exposição: Rugoff adopta a ideia de edifício desviante para propor a 10 artistas uma aproximação à arquitectura. Contudo, a exposição não é uma pesquisa, reflexão ou investigação de comportamentos “desviantes”, como a referência indicaria. A dureza do registo fotográfico dos Psycho Buildings deu lugar a um conjunto de estruturas e instalações espaciais bipolares: ora revisitando a euforia optimista e visionária dos projectos dos arquitectos dos anos 60; ora expressando pressentimentos de um cataclismo civilizacional através da arquitectura. A sensação, emoção e expressão dominam a galeria. O ambiente é de celebração e a exposição aproxima-se das emoções de um parque temático."

Inês Moreira
crítica de exposição na artecapital.net



Gelitin, Normally, proceeding and unrestricted with without title, 2008


Mike Nelson, To the memory of H. P. Lovecraft, 1999

links: Psycho Buildings

 
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