30.9.08

exposição: MEGASTRUCTURE RELOADED


No-Stop City/ Interior Landscape, 1969

Archigram’s Plug-in City, Constant Nieuwenhuys’ New Babylon and Yona Friedman’s La Ville spatiale rank among the incunabula of the 1960s. Combining visionary architecture, pop culture, art, and situationist rebellion, they became known far beyond the narrow confines of urban planning. Till now, however, there has been no exhibition dealing explicitly with megastructuralists’ vision. MEGASTRUCTURE RELOADED seeks for the first time to show them in context. Aside from Archigram, Constant, Friedman, the radical Florence groups Superstudio and Archizoom, whose designs at the end of the 1960s constituted an ironic response to the megastructuralists, will be included. The exhibition is not intended as a documentary representation; instead the megastructuralists are to be tested for their currency and relevance for the problems of contemporary urban design and mega cities. We will focus on the connection between architecture and visual art, as well as on actual architectonic and urban-design issues.

MEGASTRUCTURE RELOADED continues the long-term research and exhibition project Utopia Revisited, which includes workshops, symposia, publications and exhibitions throughout Europe. The project started last year with the exhibition Ideal City - Invisible Cities encompassing works by 40 international artists in public places and several institutions in Zamosc, Poland and Potsdam, Germany (June – October 2006, curated by Sabrina van der Ley & Markus Richter). The project will be continued with the exhibitions Things to Come, focusing on visual arts and science fiction (curator: Doreet Harten) in 2008 and Finis Terrae: The End of the World (curators: Sabrina van der Ley & Markus Richter) in 2009. Utopia Revisited will conclude with the exhibition Arcadia in 2010.

The venue is the Former State Mint in Berlin Mitte, from September 19th to November 2nd 2008 and subsequently travel to further venues in Europe and abroad.

19.9.08

conversas de estaleiro + mapas de trabalho






Conversa de estaleiro

+ mapa de trabalhos


conversa de estaleiro + mapa de trabalhos é um projecto em curso que faz a aproximação a um conjunto de acções invisíveis e dispersas que, contrariando com optimismo o estado de abandono do centro do Porto, aparentam redinamizar a estrutura física, social e cultural da cidade, enunciando uma micro-política do espaço urbano.

conversa de estaleiro são pequenas discussões sobre micro-práticas de ocupação, reparação e reconstrução de fragmentos da cidade do Porto. Acompanham a recolha dos processos de construção em fichas-testemunho denominadas mapa de trabalhos.

O projecto documentará, através de testemunhos pessoais, os processos materiais, tecnológicos, sociais e políticos activados nas diversas acções, que vão reactivando a cidade através da ocupação e do uso dos seus prédios, casas, apartamentos, armazéns e espaços não tipificados. Serão abordadas as dimensões espaciais, temporais, económicas, pessoais e emocionais, os interesses que movem as iniciativas, sejam estratégicos, subjectivos, ou pura contingência, bem como a legalidade e a ilegalidade, a informalidade e o improviso, e as redes informais de colaboração que se vão criando.

conversa de estaleiro + mapa de trabalhos expande os campos da arquitectura e dos estudos culturais pela difracção por diversas redes activadas, interligando os desejos e os processos da construção, do projecto, da apropriação e da participação, compondo uma plataforma enunciativa das relações entre a micro-actividade e o terreno mais amplo da cidade.

Um projecto de Inês Moreira e do petit CABANON

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8.9.08


mapa de trabalhos

é um trabalho de campo sobre auto-organização e auto-construção na cidade do Porto.

Após o abandono de décadas, a habitação no centro do Porto condensa problemas físicos, estruturais e uma estrutura social debilitada. Por toda a cidade do Porto se vêem sinais: “vende-se, aluga-se”. A cidade está envelhecida, negligenciada e desqualificada, a habitação que oferece está decadente, os moradores têm poucos meios e as leis do arrendamento não atraem novos habitantes.

A crise da cidade despertou os interesses financeiros para aquisição e a reconstrução abriu oportunidades a investidores privados. Nos anos recentes, um pequeno grupo de grandes investidores (bancos, construtoras e companhias financeiras) apoiados por um conjunto de programas de incentivo camarário, adquirirem grandes quarteirões e edifícios, devolutos ou deslocalizando os seus inquilinos, promovendo a reconstrução por uma lógica de gentrificação. O discurso oficial é homogeneizado, os seus resultados são edifícios reconstruídos numa lógica de condomínio fechado, compostos por fogos de habitação tipificada complementada por serviços de luxo.

Fazendo um bypass à lógica dicotómica investidor / morador, um movimento invisível e indetectável está a resgatar alguns edifícios da decadência e a reactivar o tecido da cidade. Começando por reocupar edifícios antigos, um grupo considerável de artistas, arquitectos, profissionais liberais e de agentes nos campos da cultura, vem transformando pelos seus meios este estado de abandono, reactivando as ruínas da cidade.

As modalidades de operação são fundamentalmente distintas da rígida lógica dos investidores. Usam soluções inventivas e flexíveis através do envolvimento pessoal e afectivo nas obras. Os seus estaleiros combinam performances de materialidade, espacialidade e temporalidade, seja a organização em auto-gestão, seja a dilatação dos trabalhos no tempo, a co-habitação com os trabalhos de construção, ou a reinterpretação flexível de vazios legais e financeiros, seja negociando propriedades físicas com modalidades temporais (aguardando herdeiros, permutando propriedades, recuperando penhoras).

A produção/construção destes edifícios incorpora práticas do espaço que invertem categorias tradicionalmente distintas, seja a apropriação do espaço pelos habitantes, que são aqui também construtores, seja a participação dos clientes no projecto, que são aqui também projectistas, construtores e moradores.

Os mapas de trabalhos pretendem abordar este fenómeno através dos aspectos materiais, sociais, técnicos e pessoais, evitando o discurso da autoria, a representação, e evitando sobretudo, as narrativas heróicas dos pioneiros. Deseja-se encontrar os testemunhos posicionados nos seus processos de trabalho, expondo como e quando os activam, bem como afectam a sua vida e a sua cidade.

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