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25.8.08

Temporada de Pavilhões, Londres verão 2008


Serpentine Gallery Pavillion, Frank O. Gehry



Maison Tropicale, Jean Prouvé, na Tate Modern



Observatory, Air-Port-City, Tomas Saraceno, na Hayward Gallery


"E o que é um pavilhão?
Usualmente com dimensões físicas reduzidas e tempo de utilização curto, projectam uma outra dimensão temporal e experiencial, o pavilhão é um espaço-tempo de excepção, uma fuga da realidade, uma para-arquitectura. Os pavilhões condensam no tempo a concepção, a construção e a duração da sua visita e existência. Proporcionam experiências físicas e sensoriais intensas aos visitantes: seja visual, acústica, térmica ou climatérica, existindo uma atmosfera de intimidade e de descoberta na visita a um pavilhão. Usualmente peças únicas, com linguagem autoral, não têm programas complexos e desenvolvem temas como a protecção interior, a luz/sombra, a relação com o ar livre, o percurso de ligação ao exterior, explorando a experiência da visita e a fisicalidade do visitante. A sua particularidade lúdica e semi-pública difere de outras pequenas construções, como a cabana de abrigo ou o módulo residencial replicável. A questão sensorial e simbólica é extremada, e a responsabilidade social de um pavilhão muito reduzida. Podem ser pavilhões de jardim, pavilhões de chá, pavilhões de exposição ou de feira, descomprometidos e vocacionados para a dimensão lúdica ora explorados como “laboratório de experimentação” espacial ou de soluções técnicas; ora são ensaios simbólicos, ora são ainda oportunidade de início de carreira ou reconstruídos como memorial de consagração da própria obra, como no caso do pavilhão de Barcelona de Mies van der Rohe, ou ainda um reaparecimento celebratório, como o Cabanon de Le Corbusier reproduzido pela Cassina."

Inês Moreira, perspectiva actual na artecapital.net

23.8.08

petit CABANON na revista arq./a



entrevista sobre o petit CABANON por Sandra Vieira Jurgens

na Revista arq./a número 59/60 na secção artes

Recomenda-se a consulta da revista em papel.

Este número duplo, de Julho/Agosto 2008, é dedicado à Herança de Le Corbusier, e podem-se encontrar perspectivas críticas de: William J. R. Curtis, Beatriz Colomina, Stanislaus von Moos, Arthur Rüegg, Carlos Eduardo Comas, João Belo Rodeia, Ana Tostões, Michel Toussaint, José António Bandeirinha, João Luís Carrilho da Graça.

Encontra-se também o texto "Le Corbusier e os portugueses"de Ana Vaz Milheiro e Jorge Nunes
e o texto "Le Corbusier, um monstro com duas cabeças" de Pedro Baía sobre a exposição “Le Corbusier: Art of Architecture”/ e o seminário “Rethinking Le Corbusier”

15.8.08

psycho buildings: artists take on architecture


A Hayward, um edifício brutalista de 1968


Psycho Buildings: artists take on architecture

exposição na Hayward Gallery, Londres, até ao final de Agosto


"Este é o desafio da exposição: Rugoff adopta a ideia de edifício desviante para propor a 10 artistas uma aproximação à arquitectura. Contudo, a exposição não é uma pesquisa, reflexão ou investigação de comportamentos “desviantes”, como a referência indicaria. A dureza do registo fotográfico dos Psycho Buildings deu lugar a um conjunto de estruturas e instalações espaciais bipolares: ora revisitando a euforia optimista e visionária dos projectos dos arquitectos dos anos 60; ora expressando pressentimentos de um cataclismo civilizacional através da arquitectura. A sensação, emoção e expressão dominam a galeria. O ambiente é de celebração e a exposição aproxima-se das emoções de um parque temático."

Inês Moreira
crítica de exposição na artecapital.net



Gelitin, Normally, proceeding and unrestricted with without title, 2008


Mike Nelson, To the memory of H. P. Lovecraft, 1999

links: Psycho Buildings

12.5.08

Le Corbusier em Lisboa


foto: na varanda de Étoile de Mer, ao lado do Cabanon

Le Corbusier estára em discussão e exposição em Lisboa, em Maio de 2008

Rethinking Le Corbusier - 27 e 28 de Maio 08
Museu da Electricidade, Lisboa



Le Corbusier, Arte e Arquitectura - 19 de Maio a 17 de Agosto
Centro Cultural de Belém / Museu Berardo, Lisboa

28.4.08

Pecha Kucha Night Lisbon_ 22 Abril 08



A Pecha Kucha Night Lisbon ocorreu no dia 22 de Abril, pelas 21h30m
no Museu da Electricidade, Lisboa.

Participaram: Pedro Ressano Garcia, Hugo Teixeira, Andrea Brandão, Ezzo, Kaputt!, Os Espacialistas, Inês Moreira, Fabrico Proprio, Atelier Data, Joana Astolfi, Giz - we can train you, Paulo Moreira, Luis Nascimento, Paula Albuquerque, Manuel Graça Dias, Nuno Lucas, Hermann & Collective Consciousness, Embaixada, MGC Arquitectos, Ruy Otero, vivoeusebio



Apresentei 3 projectos: Urbanlab, Terminal e Depósito.
Apresentei muito brevemente a ideia do petit CABANON.
Fica o link para PKNL: www.pechakuchalisbon.blogspot.com

20.2.08

MADEP no CABANON










16 Fevereiro a 23 de Fevereiro 2008

14.2.08

Em seguida... Building Site? (16 de Fev 08)


Rua de Passos Manuel, Porto 2007 (porto.taf.net)


Insistindo na pergunta colocada: Building Site?


O petit CABANON alojará o workshop 3 abordagens a 1 espaço.

Ensaia-se uma exposição dos processos de investigação experimentados no workshop 3 abordagens a 1 espaço, desenvolvido durante o mês de Janeiro 08, por alunos de Belas Artes no contexto do MADEP, sob orientação de Gabriela Vaz Pinheiro, Lígia Paz e Inês Moreira

O workshop propôs o trabalho de campo em locais concretos da zona metropolitana do Porto (de Braga a Aveiro). Cada artista/aluno participante desenvolveu aproximações ao espaço público seguindo três abordagens: performatividade, visualidade e espacialidade, sublinhando modos de exercitar e comunicar a apropriação crítica e pessoal de um local público.

A exposição no petit CABANON mostrará documentos e processos de trabalho criativo, (não se tratando qualquer projecto de trabalho finalizado). Também a montagem será uma experiência colectiva desenvolvida presencialmente.

Ensaiando sobre a comunicabilidade e a transferência da experiência performativa e análse crítica do espaço público, experimentar-se-á a edição, justaposição e montagem das várias análises e registos desenvolvidos.

++++++ Será desenvolvida a ideia processual de Estaleiro.

Trata-se de:
Uma experiência colectiva no petit Cabanon desenvolvida com o MADEP da FBAUP.

O MADEP é um mestrado interdisciplinar que aborda o espaço público através de metodologias da Arte e do Design

MADEP – Mestrado de Arte e Design para o Espaço Público
FBAUP – Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto


by zwigmar

Next... Building Site? (16th February)



Petit CABANON is now hosting the workshop “1 space 3 approaches”, a documental exhibition of the research processes experienced at the workshop “1 space 3 approaches”, developed during January 08, with the students of School of Visual Art in the context of the MADEP (under supervision of Gabriela Vaz Pinheiro, Lígia Paz and Ines Moreira.)

The workshop consisted of field work on specific sites of metropolitan area of Porto (from Braga to Aveiro). Each participant developed approaches to public space following three methodologies: performativity, visuality and spaciality, stressing different modalities of practice and communication of both critical and personal appropriation of a public place.

The exhibition at petit CABANON will present documents and processes of creative research work, (not addressing projects nor finished work pieces). The spatial display will also be developed as a collective presential experiment in-situ.

Exploring the communicability and transference of performative and critical analysis of public spaces, this exhibition will now focus on the edition, juxtaposition and assembly of some of the materials.

++++++ we will focus on the processual idea of BUILDING SITE.

What:

A collective experiment in petit Cabanon developed with the MADEP of the FBAUP.

MADEP is an interdisciplinary Master that approaches public space with methodologies of Visual Art and Design

MADEP - Mestrado de Arte e Design para o Espaço Público
FBAUP – Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto

6.2.08

Coming next... Projecto Morro (1st of March!)










de/by Teresa Gillespie (Projecto Morro)


Petit CABANON
will host the documental process of Projecto Morro.

Morro is an art project developed by portuguese artists Vasco Costa and Hugo Canoilas.
The project explores notions of self-construction, materials and processes of popular architecture and the historical reference of Merzbau (K. Schwitters) and the work of Helio Oiticica.

Morro was started as a basic structure in which each participating artist intervened on the work of the previous artist, eroding the frontiers of authorship.

Morro took place at Costa da Caparica (a suburban village in the south of Lisbon) during the Summer of 2007.

Artists and authors: Pedro Barateiro, Hugo Canoilas, Vasco Costa, Nuno Faria, Teresa Gillespie, André Maranha, Francisco Tropa, Ruben Santiago, Sancho Silva e Miles Thurlow.

see a crit here

15.1.08

Building site?


pC fotografado por z.z
(o fotógrafo mais rápido do oeste!)


(... z.z está muito atento aos nossos eventos! obgada pela atenção!)
aqui; aqui; aqui; aqui; aqui

a Sala . projecto de Susana Chiocca, Porto

"A sala não tem muito mobiliário. “Tenho um sofá, uma televisão e uma cómoda para a televisão, basicamente. Como é também um espaço de ensaio, tenho algumas guitarras e amplificadores”. Tudo o resto surge por acréscimo, “as letras nas paredes são resquícios da última performance da Amarante e Ana Deus, incluída no (festival) TRAMA deste ano”, refere. As coisas vão mudando – Susana não gosta do termo “mutável” para caracterizar “a” sua “Sala” –, as coisas aparecem e desaparecem num instante. “Geralmente quem limpa as coisas no final são os artistas, a mim cabe-me tirar e repor as minhas coisas”. Do que foi, ficam as fotografias. “Vou documentando tudo o que se passa por aqui, até porque é importante para o doutoramento que estou a desenvolver em arte contemporânea e sobre a performance em Portugal. Este espaço serve como um laboratório de experimentação e ajuda-nos a perceber o que se faz actualmente. Ajuda-me a perceber como o espectador pode ser incluído na performance”. Ou a forma como deve ser incluído.

(...) Para além da sala, Susana permite o acesso à cozinha – “para beber alguma coisa, um chá, um café, uma cerveja” – e à casa de banho – “os espectáculos geralmente atrasam, ou porque os artistas demoram a montar o espaço, ou porque se espera por mais público”. Restrito, “o quarto e uma das casas de banho”. É a parte mais pessoal da casa.

(...) Não tem um blogue onde possa difundir a programação do local. “Os meus amigos têm pressionado para eu criar um, mas eu não gosto de blogues. Já me disseram que é possível criar um sem possibilidade de comentários”. Ri. Não gosta de comentários. Diz que as pessoas se perdem em comentários absurdos. Prefere conversas cara-a-cara. Tal como os espectáculos intimistas da sua sala de estar." in o Primeiro de Janeiro


a Sala aqui

a Sala aqui também

a Sala também aqui

Rua do Bonjardim, nº253, 2ºandar, Porto

12.1.08

convite . invitation





Fotografia do restauro do Cabanon de Le Corbusier


O petit CABANON coloca uma questão ambígua: building site?

Esta questão convoca o território da Arquitectura, da edificação, do estaleiro.
Convoca também os processos da Arte e as potencialidades da Linguagem.
Propomos conversar sobre os lugares que as práticas e os discursos podem construir.


12 de Janeiro de 2008
.

a maquete em esferovite tornou-se estaleiro.
um lugar de trabalho.
para a semana começa a obra.


O que é o petit CABANON?
é um espaço de alojamento de arquitectura e cultura visual.
é um lugar de encontro e discussão de ideias, conceitos e projectos.
é um espaço independente.

10.1.08

Transnatural



Exposição O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli
Departamento de Botânico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
29 de Novembro e 15 de Fevereiro de 2008 [ ver aqui ]



" Memória sobre a utilidade dos Museus de História Natural é o texto que giza O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli. O conceito subjacente a este trabalho traduz-se num meta-comissariado que reúne e articula trabalhos realizados noutros contextos, sendo estes reconfigurados a partir do universo pré-científico de O Gabinete de Curiosidades de Domenico Vandelli - abordagem que introduz uma vertente experimentalista ao nível da curadoria.

Paulo Bernaschina e Paulo Cunha e Silva redesenham um itinerário pós-biográfico de Vandelli a partir de peças museológicas da Universidade de Coimbra, da Universidade do Porto e da Universidade de Lisboa. A equipa de coordenação é constituída por Alexandre Ramires, Catarina Pires, Sérgio Gomes, Eduardo Proença-Mamede, Paulo Mora e Pedro Formosinho.

O projecto obedece a uma lógica naturalista que vai do mapeamento do mundo, de todos os seres vivos e inanimados que o habitam, até ao mapeamento do genoma humano. Esta narrativa construída em torno da História da Natureza e da História do Conhecimento, é interpretada pelos trabalhos dos artistas: João Leonardo, Miguel Palma, Francisco Queirós, Rosa Carvalho, Gabriela Albergaria, Alberto Carneiro, Miguel Branco, Pedro Medeiros, João Tabarra, André Cepeda, Inês Moreira e Luísa Bebiano.

(Também) a articulação com parte da exposição O CORAÇÃO DA CIÊNCIA (...) onde se incluem os fotógrafos, Jorge Molder, Paul Den Hollander, Joan Fontcuberta, Didier Morin , Joel Peter Witkin e Debbie Fleming Caffery." da memória descritiva do projecto


"Ex.mo Sr. Vandelli" de Inês Moreira, impressão em lona 70cmsx248cms

Texto:

Ex.mo Sr. Vandelli:

Seguimos a sua actividade e gostávamos de esclarecer alguns pontos para classificar e arquivar os seus pertences.
Por favor responda em papel normalizado e inclua o carimbo branco da sua instituição.

Qual é o valor geológico da parede de um museu?
Qual é o valor científico de um passeio no jardim?
Como mede a extensão de um jardim colonial?
E para onde o ampliaria?

Qual o interesse etno-antropológico das madeiras exóticas de um armário?
Que interesses militares se fecham num herbário?
E o que traz um espólio de guerra ao museu universitário?

Qual a extensão geográfica de um museu de mineralogia?
Onde se depositam os inertes e o entulho mineralógico?
E como denominar essa nova sedimentação geológica?

Quais as fronteiras geopolíticas das minas do ouro do brasil?
Qual o passaporte para a fronteira da descolonização?
Qual o preço do visa e onde se carimba?

Em que folhas se escreve sobre uma folha de vandellia?
E sobre as memórias imaginárias de uma mina?
Onde aponta os lucros da indústria química?

Qual é a fórmula química de um prato artesanal?
Como ouvir os segredos académicos que ressoam nesse pote de faiança?
Como decora e pinta a sua porcelana?

Em que gaveta guarda a correspondência com carlos lineu?
Em que prateleira ordenou as suas categorias? Considera-se colector ou metodista?

Onde coloca os itálicos, as maiúsculas e como selecciona os étimos?
Para que língua traduz quando cita?
Em que país se sente em casa?

Em que tabela classifica os bichinhos de prata e os fungos dos animais taxidermizados?
Que informação inclui nas tabelas quando expõe?
Como aborda a perspectiva educativa dos públicos?
Que plantas e animais quer servir no seu catering?

Onde está a cátedra que construiu, quem nela se senta e onde está posicionada?
Com que instrumento definiu as suas rotas de viagem, que mapa usou e como tirou notas?
Como se instala um convidado? Onde se exila um estrangeiro? Com o que sonha?

“Vida, Domínio, Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Género, Espécie”.
Tribos inteiras, cidades, países.
Concorda, está a favor? Não sabe, não responde?
Caso esteja a par, pode esclarecer ao que se refere?

Com os melhores cumprimentos,
Inês Moreira

9.1.08

DECON, decomposição/degradação



Vista do projecto DECON, de Marta de Menezes.
Antes da desmontagem podia-se ver o estado de degradação das pinturas.




Avesso das caixas com agar pigmentado
à direita: caixa com culturas de pseudomonas putidas
à esquerda: caixa de controle (sem bactérias)



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento vermelho.
à esquerda: as caixas de amostra desenvolveram colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento preto.
à esquerda: as caixas com colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento azul.
à esquerda: colónias de fungos.



à direita: as culturas de bactérias degradaram o pigmento amarelo.
à esquerda: colónias de fungos.

8.1.08

Museus do século XXI na Artecapital.net




"A Culturgest apresenta a exposição itinerante, vinda da Suiça, denominada “Museus do Século XXI - conceitos, projectos, edifícios”, uma sequela da exposição “Museus para um Novo Milénio”, que passou (e integrou) o CCB em 2001. Suzanne Greub é a comissária que nos apresenta a ideia de Museu que esta exposição ilustra e é também directora do Art Centre Basel, entidade privada dedicada à conceptualização de exposições para itinerância em museus de prestígio.

A instituição Museu é hoje um caleidoscópio de possibilidades: à medida que os museus se especializaram por áreas de conhecimento, por períodos históricos, se tornaram públicos e, posteriormente, de novo, privados, se criaram centros de exposição sem colecções, ou centros de criação com exposição, se repensaram critérios de colecção e conservação, se identificaram estratégias de afirmação de cidades através da cultura, se articularam em redes internacionais e se afirmam pela sua programação (e não pelas suas colecções), as instituições foram repensando e (re) integrando funções. De “edifícios” sem colecção, a programações de grande prestígio sem mesmo possuir edifício próprio, existe uma pluralidade e diversidade de museus e instituições culturais cada vez mais híbridas, dividindo as grandes colecções do mundo Ocidental o protagonismo com as novas colecções que surgem na Ásia e no Médio Oriente. (...)"

inês moreira, janeiro 08, [ para ver este e outros textos na revista artecapital.net clickar aqui ]

2.1.08

Best of 2007

2007 trouxe uma infinidade de eventos e exposições, dos quais visitámos uns quantos.

A exposição "Burn it or not?" enuncia se o Ataturk Cultural Center (edifício modernista localizado no centro de Istanbul Ocidental ícone da modernização turca iniciada por Ataturk) deve ou não ser demolido nos próximos tempos. Em síntese, alguns dos argumentos implicados e debatidos são: a manutenção do projecto e da memória moderna de ocidentalização da Turquia; ou a demolição desta memória e substituição por um novo edifício. Fundamentalmente, nesta exposição de arte, com montagem contextual, discute-se o modernismo, a ocidentalização, a abertura à comunidade europeia, a centralidade urbana. Enuncia-se também o papel político da arquitectura e a eventual ruptura com a representação em arquitectura.

A visita à exposição, montada nos espaços da ópera, foyers, salas de espera e corredores, em convivência com mobiliário, iluminação e acessórios existentes, foi uma da experiência espacial e sensorial muito intensa, assemelhada à experiência da visita à mesquita Azul e a Haya Sofia.

A exposição, dispersa pelos espaços da ópera, estava unificada pela peça "Memories On Silent Walls" de Erdem Helvacıoğlu, uma instalação sonora que estabelecia uma ambiência sobre a urbanidade, a edificação e a demolição. Esta peça criava uma ligação cíclica entre o edifício em questão e as restantes obras artísticas e o som definia a montagem espacial e conduzia a leitura das restantes obras, com uma narrativa disruptiva que vai estabelecendo fracturas ao longo de todo o espaço.

Este evento da Bienal de Istambul foi sem dúvida, o que mais questões nos colocou em 2007 sobre as relações entre arte/arquitectura, exposição/espaço expositivo, obra/contexto.



Memória da peça "Memories On Silent Walls" de Erdem Helvacıoğlu:

"What is the sound of a building? What does it consist of? Is it the timbre of an unmanned space or the sounds ofvarious activities that have taken place there? All of the sonic memories that have taken pla ce around the walls of a building and the unheard thoughts of people who have experienced these memories do make up the real sound of a building. Atatürk Cultural Center is a historical building and a figure in the minds of İstanbul´s citizens. It is a phenomenon that represents modernism, utopia, and contemporary thought. It is a lonely and melancholic symbol watching the history of İstanbul and Turkey. "Memories on Silent Walls" consists of the processed and unprocessed recordings of the productions that have taken place at Atatürk Cultural Center, the sound of the empty building itself and its surroundings and the interviews done with various people about the centre. This work not only tries to describe the past, the present and the future of the building itself, but also urges us to ask ourselves: Should Atatürk Cultural Center remain or should it be replaced?"

ver aqui e aqui

26.11.07

United Nations Plaza: the END




The End

key words: end, abolish, abort, accomplish, achieve, break off, break up, call off, cease, close, close out, complete, conclude, consummate, crown, culminate, cut short, delay, determine, discontinue, dispose, dissolve, drop, expire, finish, get done, give up, halt, interrupt, perorate, postpone, quit, relinquish, resolve, settle, sew up, shut down, stop, switch off, terminate, top off, ultimate, wind up, wrap, borderline, bound, boundary, confine, cusp, deadline, edge, extent, extreme, extremity, foot, head, heel, limitation, neb, nib, point, pole, prong, spire, stub, stump, tail, tail end, term, terminal, termination, terminus, tip, top, ultimate, accomplishment, achievement, adjournment, attainment, bottom line, cease, cessation, close, closing, closure, conclusion, consequence, consummation, culmination, curtain, apocalypse, Armageddon, catastrophe, final battle, total annihilation, denouement, desistance, desuetude, determination, discontinuance, ending, execution, expiration, expiry, finale, finis, finish, fulfillment, issue, omega, outcome, payoff, perfection, realization, resolution, result, final product, final result, finished product, handiwork, manufacture, output, product, production, result, retirement, sign-off, stop, target, termination, terminus, windup, wrap-up, aspiration, design, drift, goal, intent, intention, mark, object, objective, point, purpose, reason, last word.

unitednationsplaza was exhibition as school. Structured as a seminar/residency program in the city of Berlin, it involved collaboration with nearly 100 artists, writers, theorists and a wide range of audiences for a period of one year. In the tradition of Free Universities, all of its events were open to all those interested to take part.

unitednationsplaza
was organized by Anton Vidokle in collaboration with Liam Gillick, Boris Groys, Martha Rosler, Walid Raad, Jalal Toufic, Nikolaus Hirsch, Natascha Sadr Haghighian and Tirdad Zolghadr.

unitednationsplaza
Platz der Vereinten Nationen 14a
Berlin 10249 Germany
T. +49 (0)30 700 89 0 90
F. +49 (0)30 700 89 0 85
www.unitednationsplaza.org

22.11.07

Conversa n´a Sala

Recursos Humanos (2º Bloco), n' a Sala

domingo, dia 25 de Novembro às 18h

com a participação de: Manuel dos Santos Maia, Aida Castro, Jorge Garcia Pereira, Marco Mendes

moderado por Isabel Ribeiro e Susana Chiocca

Recursos Humanos divide-se em vários blocos de conversas, a realizar n'a Sala, em torno de diversos aspectos relacionados com a criação. Propõe-se aos convidados (criadores, pensadores, pedagogos), uma exposição e reflexão partilhada do seu trabalho pessoal com o público.

Organização: Isabel Ribeiro isabeiro@gmail.com, Nuno Ramalho, nunojramalho@gmail.com, Susana Chiocca, desaparece@gmail.com

a Sala: Rua do Bonjardim, 235 2º, 4000 Porto

19.11.07

Porquê Decon no petit CABANON?



Ao pC interessa especular sobre os riscos selados hermeticamente no interior das caixas de acrílico de DECON.

“DECON: desconstrução, descontaminação, decomposição” parte da experimentação laboratorial com biotecnologias desenvolvidas para regulação/rectificação da contaminação ambiental provocada nos cursos de água por indústrias químicas muito poluentes, como a têxtil. As biotecnologias, procurando minimizar o impacto ambiental destas indústrias, estudam e desenvolvem técnicas denonimadas “bioremediadoras” para minimizar e eliminar os vestígios da poluição química. As bactérias Pseudomonas putida, têm demonstrado a capacidade de “descolorar pigmentos”, e estão a ser estudadas para processar e eliminar vestígios contaminantes, mas não ainda a sua toxicidade. Ao “apagar” a tinta, as bactérias poderão vir a eliminar o impacto “visual” da poluição. Mas qual o impacto ambiental da “bioremediação”, qual o risco de repoluição biológica, se a disseminação de Pseudomonas putida se fizesse no ambiente, como poderá vira a ser enunciado?

Formalmente, DECON é um conjunto de pinturas que “replicam” desenhos de Mondrian, através de “caixas de petri” com agar (meio para cultura bacteriológica) pigmentado. São apresentados em duplicado, numa duplicação funcional: um exemplar para monitorização da pintura/pigmento como “tal como é”; o outro exemplar que inclui culturas de Pseudomonas putida no agar pigementado, onde decorre o processo de “degradação” dos pigmentos pelas bactérias. (A monitorização deste processo segue o protocolo científico da colaboração que deu origem ao projecto).

O rigor tecno/científico com que a investigação se desenvolve em laboratório é desafiado de diversos modos ao deslocar-se para o espaço de exposição/discussão pública. Os vários “DE”, selados no interior da caixa, apresentam o risco de inverter, um “DE-DE” ao deslocar-se para o exterior do laboratório.

O petit CABANON replica algumas das condições do laboratório: é um espaço encerrado, limpo e apenas visitável por acordo prévio e sob determinadas condições. DECON está vivo e repousa “em processo” no seu interior. Está protegido no pC de agressões e assaltos exteriores que pusessem em risco a sua estanquicidade.

Mas “e se” um acidente ocorresse? A linguagem é uma poderosa ferramenta que pode desconstruir a realidade, mas, “e se” a própria realidade infligisse uma violência sobre DECON?

Se uma microfissura ocorrer, um parafuso ceder, um visitante inadvertidamente se apoiar nestas impenetráveis, contudo límpidas, caixas, contactando com as Pseudomonas putida que colonizam o seu interior inverterão os protocolos da ciência, as regras de manuseamento e todos os cuidados de esterilização que se lhe são impostas. Uma fissura numa destas caixas poderá significar a “contaminação” do espaço e seus visitantes (-DE); a “construção” (-DE) de um novo habitat com/para estas bactérias; a “composição” (-DE) de uma nova história e uma nova situação sobre esta peça, tal como quando as bactérias saírem dos laboratórios para decompor a poluição química.

DECON encerra o risco do seu próprio contágio. Não ostenta “biohazard”.
É porém potencialmente contaminante e capaz de uma forte violência.

Inês Moreira Nov 2007

 
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